terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Princesa da Mata

Boa tarde, amados irmãos e irmãs!

Hoje venho compartilhar uma poesia que comecei sem pretensão alguma sobre algumas coisas simples que gosto e se tornou o que para mim foi uma revelação profunda do meu lado guerreira, da minha alma vermelha e da minha honra a tudo aquilo que vive, ao Grande Mistério Divino, reconhecendo em cada pequena coisa, uma parte do Eu.


Espero que gostem! Aho! :)


PRINCESA DA MATA

Pessoa simples que senta no chão, que sorri pro desconhecido, que abraça apertado, que olha mais pros seus olhos do que pras suas vestes, que aceita a viagem, que pisa descalça na grama, na lama, na areia e gosta de sentir a natureza entre os dedos dos pés, que não se importa de caminhar, de dormir no chão, ou de varar a noite acordada só pra contemplar os primeiros raios do Rei Sol.

Na mata eu sou Princesa, sou filha do Rei.

Sou mulher de flores, não de jóias... Ou melhor, sou mulher de sementes, de plantas sem nome, rasteiras, sou do tipo de gente que abraça árvore e bate palmas pro Rei Sol, sou daquelas que pedem licença pra entrar na mata e que se curvam de joelhos perante Deus, que louvam aos ancestrais na fumaça do cachimbo, no bater de palmas, no bater dos pés e no toque do tambor...

Eu sou mulher. Mas também sou homem.

Sou os braços do guerreiro e da donzela eu sou a lágrima do Amor, sou o menino que corre e a menina que canta, o velho curador e a velha que tece a vida...

Eu sou a saudade da Terra, a tristeza do Mar, o sereno da Lua, da índia eu sou o cocar... Sou cada pena arrancada da ave moribunda, e que por ter passado por elas nos voos, eu sou então o Vento de todo o lugar. Eu sou o Fogo que crepita na fogueira, sou cada tronco queimado lá.

Dos sinos sagrados, eu sou o Som, sou o tilintar.

De toda a Vida, eu sou tudo o que vibra, não só humana e terráquea, eu sou Alma Divina...

Vinda do Juremá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário