segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Poesia: Eu Sou Cura

Boa noite (madrugada), irmãos!

Como em tudo na minha vida, esse espaço também acaba seguindo a disciplina da natureza, não a disciplina do homem, com essas palavras breves explico a minha ausência, eu não estava em um momento criativo, mas introspectivo assim como o inverno, vivi a minha Ursa interior, e agora na primavera, floresce mais um de meus muitos re-nascimentos em poesia e flor.

A minha gratidão por tudo aquilo que me inspira!

Ahá! _/\_



EU SOU CURA

És louco, tu que sentes teu corpo em terra
Tu que te elevas em ar
Tu que te fluis com água
Tu que te ardes em chamas


Tu que comoves-te, que sentes a ligação perdida
É assim que te julgam, louco
Vós que perdeis tudo o que tinha 
em compaixão a tua Mãe Terra

És louco,
tu que vês o amanhecer com glorificações ao Padre Sol

Louco, 
todo aquele que resgata a essência do cerne do Ser


Que espírito sou, se não, Terra?

Se não, Natureza?


Que milagre sou,

se não a vida que floresce, independente?
A vontade de viver que faz com que cada coisa exista
e que mantém assim, por natureza, a minha coexistência?
Que Deus mais louco se não esse que arde em vida?
Jaz a separação.

No centro da Terra há fogo,
e não há terra aonde Ele não habite em espírito
E que fogo poderia haver sem a lenha do corpo da Madre,
a mesma Terra?
Jaz a separação.


Aterro-me,
sopro-me,
deságuo-me,
e por mim, ilumino-me.

Vós que não entendeis,
vós sois a verdadeira loucura,
eu sou sano,

eu sou cura.